Skip to main content
Category

Blogs de autor

Eder. Óleo de Irene Gracia

Blogs de autor

?Lo principal es la conciencia? no la ciencia?

A mis manos ha venido a parar este breve video de Juan Vela, anterior ministro de Educación Superior. Una reunión con algunos de sus subordinados en la provincia de Ciego de Ávila, fue el marco para esta declaración sobre el orden de prioridades en las universidades cubanas. Estoy segura que estas palabras, autoritarias y simplistas que dijo ante las cámaras, no le costaron el puesto. Quizás fue todo lo contrario lo que motivó que fuera sustituido por Miguel Díaz-Canel Bermúdez. Quién sabe si el exministro, a la hora de aplicar su apotegma de que ?lo principal aquí es la conciencia, es la Revolución? no la ciencia?, no lo hizo con la verticalidad que se esperaba de un miembro del Partido Comunista. Va y ahora, libre de esas responsabilidades, puede finalmente realizar su viejo sueño de ser cardiólogo. Click here to view the embedded video.



[ADELANTO EN PDF]
Leer más
profile avatar
28 de agosto de 2009

Eder. Óleo de Irene Gracia

Blogs de autor

Las páginas abiertas de América Latina

Según cuenta Samuel P. Jacobs del blog The Daily Beast, la difusión de la lista de libros que los presidentes de los Estados Unidos leen en durante su descanso veraniego se ha convertido en una tradición. Tal parece que hasta George W. Bush leía libros durante sus vacaciones. (Tal vez sea cierto: se tomaba tantas y tan largas, que tiempo para leer debía sobrarle.) Su monje negro, Karl Rove, se tomó el trabajo de alentar esa creencia con un artículo en el Wall Street Journal llamado Bush is a Book Lover. No sé por qué, pero tengo la sospecha de que los libros que Bush leía van por la misma senda de los que Menem leía, una galería fantástica que incluía los escritos de Sócrates (que nunca escribió) y las novelas de Borges (que, como es vox populi, nunca fue más allá de los cuentos, los poemas y los ensayos).

         Ahora que tanto Bush como Menem están dedicados a las vacaciones permanentes, presumo que deben haberse devorado los poemas de Stephen King, las novelas de Paul Krugman y los ensayos de Charles M. Schulz.

         Por supuesto, nadie se toma demasiado en serio estas listas. Tanto es así, que en la que acaban de difundir respecto de Obama hay algo que huele a error: ¿cómo puede ser que vaya a leer Hot, Flat, and Crowded, el best-seller ecologista de Thomas L. Friedman, cuando ya estaba citando partes y conceptos del libro durante la campaña pre-electoral? Quizás leyó tan sólo partes un año atrás. (O bien las leyeron aquellos que preparaban sus discursos…) Pero en cualquier caso, la gaffe siembra dudas sobre la seriedad de semejantes listas.

         Dicho lo cual, es justo celebrar el buen gusto de aquel que las armó, aunque no haya sido Obama en persona. Que un presidente decida leer, o cuanto menos proclame que leerá Lush Life de Richard Price, novela que ha sido profusamente elogiada aquí, o The Way Home de George Pelecanos (que no elogié porque todavía no leí, pero sí hablé bien del hombre como guionista de The Wire) es verdaderamente un lujo.

         Eso sí, lamento que no se haya llevado a Martha’s Vineyard una versión en inglés de Las venas abiertas de América Latina de Eduardo Galeano, que si mal no recuerdo Chávez le había regalado en su español original. Dado el conflicto originado por las bases militares norteamericanas en Colombia y su tibieza a la hora de repudiar el golpe cívico-militar de Honduras, no le vendría mal adquirir un poco de perspectiva sobre la dura historia de nuestro subcontinente.



[ADELANTO EN PDF]
Leer más
profile avatar
28 de agosto de 2009

Eder. Óleo de Irene Gracia

Blogs de autor

Poema para antes del viaje

 

"Un pez seco que cruzó el río se puso a llorar:

¿A qué te arrepientes si no puedes regresar?

Escribió una carta a un besugo y a una carpa:

Tened mucho cuidado si andáis de acá para allá"

 

Es uno de esos poemas antiguos chinos, un poema popular que resiste el paso de los siglos. Uno de esos poemas que tanto gustaban a Elías Canetti.

Yo lo he leído justo antes de partir hacia Pekín. ¿Por qué sigo de acá para allá?



[ADELANTO EN PDF]
Leer más
profile avatar
28 de agosto de 2009

Eder. Óleo de Irene Gracia

Blogs de autor

El derecho a preguntar

Hay quien llega a tratar a los poderosos de tú a tú, hasta convertirse él mismo en uno de ellos. Deja de huronear, de acarrear, de mendigar ?otros lo hacen por él- y sólo zanja, a veces en secreto, a veces en una exhibición pública e impudorosa de poder omnímodo. El periodista que llega a tener todo el poder es un peligro público.

Todo poder exige sumisión. Para someter a los periodistas hay que expropiarles el derecho a preguntar, el único realmente democrático que queda frente a quien tiene todo el poder. El espectáculo de un presidente del Gobierno que insulta a la humilde entrevistadora ante sus preguntas insistentes sintetiza cómo son las cosas, dónde está cada uno. Pero este presidente del Gobierno, que antes ha sido cantante en los cruceros turísticos, hubiera podido empezar también como periodista.



[ADELANTO EN PDF]
Leer más
profile avatar
28 de agosto de 2009

Eder. Óleo de Irene Gracia

Blogs de autor

A junta do motor

Desde há mais de sessenta anos que eu deveria saber conduzir um automóvel. Conhecia bem, naqueles remotos tempos, o funcionamento de tão generosas máquinas de trabalho e de passeio, desmontava e montava motores, limpava carburadores, afinava válvulas, investigava diferenciais e caixas de mudanças, instalava calços de travões, remendava câmaras de ar furadas, enfim, sob a precária protecção do meu fato-macaco azul que me defendia o melhor que podia das nódoas de óleo, efectuei com razoável eficiência quase todas as operações por que é obrigado a passar um automóvel ou um camião a partir do momento em que entra numa oficina para recuperar a saúde, tanto a mecânica como a eléctrica. Só faltava que me sentasse um dia atrás do volante a fim de receber do instrutor as lições práticas que deveriam culminar no exame e na sonhada aprovação que me permitiria ingressar na ordem social cada vez mais numerosa dos automobilistas encartados. Contudo, esse dia maravilhoso nunca chegou. Não são apenas os traumas infantis que condicionam e influem a idade adulta, também os que se sofrem na adolescência podem vir a ter consequências desastrosas e, como no presente caso sucedeu, determinar de maneira radicalmente negativa a futura relação do traumatizado com algo tão quotidiano e banal como é um veículo automóvel. Tenho sólidas razões para crer que sou o deplorável resultado de um desses traumas. Mais ainda: por muito paradoxal que a afirmação vá parecer a quem das íntimas conexões entre as causas e os efeitos somente tiver ideias elementares, se nos meu verdes anos não tivesse trabalhado como serralheiro-mecânico numa oficina de automóveis, hoje, provavelmente, saberia conduzir um carro, seria um orgulhoso transportador em lugar de um humilde transportado. Além das operações que comecei por referir, e como parte obrigatória de algumas delas, também substituía as juntas dos motores, essas finas placas forradas de folha de cobre sem as quais seria impossível evitar fugas da mistura gasosa de combustível e ar entre a cabeça do motor e o bloco dos cilindros. (Se a linguagem que estou a usar parecer ridiculamente arcaica aos entendidos em automóveis modernos, mais governados por computadores do que pela cabeça de quem os conduz, a culpa não é minha: falo do que conheci, não do que desconheço, e muita sorte que não me ponha aqui a descrever a estrutura das rodas dos carros de bois e a maneira de atrelar estes animais ao jugo. É matéria igualmente arcaica em que também tive alguma competência). Ora, um dia, depois de ter acabado o trabalho e colocado a junta no seu sítio, depois de ter apertado com a força dos meus dezanove anos as porcas que sujeitavam a cabeça do motor ao bloco, dispus-me a realizar a última fase da operação, isto é, encher de água o radiador. Desenrosquei pois o tampão e comecei a deitar para a boca do radiador a água com que tinha enchido o velho regador que para esse e outros efeitos havia na oficina. Um radiador é um depósito, tem uma capacidade limitada e não aceita nem um mililitro mais do que a quantidade de água que lá caiba. Água que continue a deitar-se-lhe é água que transborda. Algo de estranho, porém, se estava a passar com aquele radiador, a água entrava, entrava, e por mais água que lhe metesse não a via subir dançando até à boca, que seria o sinal de estar acabado o enchimento. A água que já vertera por aquela insaciável garganta abaixo teria bastado para satisfazer dois ou três radiadores de camião, e era como se nada. Às vezes penso que, sessenta e muitos anos passados, ainda hoje estaria a tentar encher aquele tonel das Danaides se em certa altura não me tivesse apercebido de um rumor de água a cair, como se dentro da oficina houvesse uma pequena cascata. Fui ver. Pelo tubo de escape do carro saía um avultado jorro de água que, pouco a pouco, diante dos meus olhos estupefactos, foi diminuindo de caudal até ficar reduzido a umas derradeiras e melancólicas gotas. Que se passara? Tinha colocado mal a junta, tapara entre a cabeça do motor e o bloco o que deveria ter aberto, e, muito mais grave do que isso, facilitara passagens e comunicações onde não deveria havê-las. Nunca cheguei a saber que voltas teve de dar a pobre água para ir sair ao tubo de escape. Nem quero que mo digam agora. Para vergonha bastou. Possivelmente terá sido nesse dia que comecei a pensar em tornar-me escritor. É um ofício em que somos ao mesmo tempo motor, água, volante, mudanças de velocidade e tubo de escape. Talvez, afinal, o trauma tenha valido a pena.



[ADELANTO EN PDF]
Leer más
profile avatar
28 de agosto de 2009
Blogs de autor

La noche de los vivos murientes

Hoy hablaré como un político de la región: El sábado pasado Cataluña se sintió privilegiada. Salió de Barcelona por la mañana para atascarse en esos dos queridos pueblos, Celra y Bordils, donde unos semáforos preciosos fuerzan a los viajeros a cantar maravillas de la población. Luego Cataluña quedó atascada en el puente que cruza el Ter hacia l'Estartit, donde decenas de miles de turistas se pasman de nuestro talento viario. Por fortuna, Cataluña llegó a tiempo para el concierto de Boris Berezovsky en el Festival Internacional de Torroella. Aquí se acaba el hablar como político.

    Bajo las nervaduras góticas de la iglesia de Sant Genis se levanta una gran pantalla acústica más bella aún que los negros sillares. Recortado contra el blanco radiante, un Steinway rotundo. Entra Berezovsky. Primera sorpresa: parece un boxeador irlandés y de pronto el piano se transforma en una mesa de billar. Es un espejismo. En cuanto ataca los Preludios de Rachmaninof, el público se queda sin aliento. He aquí los poemas de aquel ruso neurasténico cantados con voz hiperbórea. Vemos cómo el suicida hinchado de vodka se asoma al Neva, pero una luna gélida abre su boca de plata sobre las aguas heladas y le ciega con la luz de los muertos. El suicida cae de rodillas y le reza al starets Zosima. Un concierto de alivio. En los Estudios de Chopin iba tan lanzado que las teclas parecían quietas. Al pegar a más de 25 veces por segundo, la vista no pillaba el golpe. Y en Mussorgsky observé que una réplica de la Moreneta lloraba semillas de centeno como las vírgenes ucranianas. A la salida, Lluis Trullén, pianista notable y todo un caballero, vagaba sin tino. Me miró con ojos como tizones apagados. "Apenas rozaba el pedal. Le abriré el cráneo y comeré sus sesos". Se perdió en la noche.

     (Vuelvo): Cataluña se siente ufana con su Festival de Torroella, pero la crisis le ha dado un mordisco. Cataluña pide, humildemente, que la otra Caixa muestre su esplendor y abra las arcas a la cultura verdadera. Cataluña le estará muy agradecida.

Artículo publicado el sábado 15 de agosto de 2009.

Leer más
profile avatar
27 de agosto de 2009
Blogs de autor

Marcel Proust. Analectas (2)

Los muertos

"Y me unía a los amigos que me esperaban en la esquina del camino, con la angustia de estar dando la espalda para siempre a un pasado que no volvería a ver, de estar repudiando a muertos que, tendiéndome unos brazos tiernos e impotentes, parecían decir: Resucítanos (...) y me volvía un momento para lanzar una mirada cada vez menos perspicaz hacia la línea curva y fugitiva de los árboles expresivos y mudos."

 

La mañana

"Llega tan rápido, ese momento en el que nada ya cabe esperar, en el que el cuerpo se fija en una inmovilidad que no promete ya sorpresa alguna, en el que se pierde toda esperanza al ver, como hojas muertas en los árboles todavía en pleno estío, en torno a rostros aun jóvenes cabellos que caen o se vuelven blanquecinos, ¡es tan corta esta mañana radiosa¡..."

 

Las almas

"Tras la muerte de los seres, tras la destrucción de las cosas, tan sólo, más frágiles, pero también más vivaces, más inmateriales, más persistentes, más fieles, el olor y el sabor permanecen aun largo tiempo, al igual que las almas, haciéndose presentes, expectantes, prometedores, cuando todo el resto es ya ruina, soportando sin desmayo, en su gotear casi imperceptible, el inmenso edificio del recuerdo."   

 

La lengua de los vencidos

"Me imponía el pronunciar una y otra vez el nombre de Gilberte, como esa lengua natal que los vencidos se esfuerzan en conservar a fin de no olvidar la patria que no volverán a ver"

Leer más
profile avatar
27 de agosto de 2009

Eder. Óleo de Irene Gracia

Blogs de autor

Poder sin responsabilidad

El colmo del disimulo, del filisteísmo, es el de quien considera que éste es un poder especial, excepcional. A un lado están los poderes vulgares, a los que hay que controlar, atosigar, e incluso fumigar, y aquí, de mi lado, un poder angelical, al que todo debe permitírsele. Entonces es cuando el máximo filisteo escribe de un primer ministro: Si quiere poder sin responsabilidad que se haga periodista.

La pirámide del poder en la que se inserta el periodista ya no es lo que era. La fluidez del poder, su movilidad, obligan a un esfuerzo y una atención permanentes. Ya no es ni siquiera una pirámide, estática, coronada por el soberano, dios, la fuente máxima. Es la bolsa con sus cotizaciones diarias. Hay que convertirse en experto en cotizaciones para negociar bien con quien puede convertirse en suministrador de información.



[ADELANTO EN PDF]
Leer más
profile avatar
27 de agosto de 2009

Eder. Óleo de Irene Gracia

Blogs de autor

El poder de los periodistas

No estamos ante una comunidad de gente poderosa, aunque a veces lo parezca y sean muchos los que se dan a la buena vida. Su figura prototípica no es la del poder, al contrario, muchos son los que adoptan tropismos contra el poder, contra cualquier poder. Pero son contradictorios y practican alguna forma de autoengaño. Todos tienen las manos sucias como las tiene el pobre carbonero. Y algunos, lo aprovechan para explotar la contradicción y convertirse en poderosos como quien no se entera, por despiste, por casualidad, sin darle importancia. Pero van dejando las huellas de sus sucias manos en las servilletas y las vajillas de  todos los convites donde les sientan.

Todo periodista es un nódulo en la estructura del poder. Se reconocerá como tal o no, pero lo importante es que lo reconozcan los otros. Cuando esto no sucede, es que ha dejado de tener poder y probablemente ha dejado de ser periodista. El periodismo honesto es una estrategia de disuasión de pequeño a grande. Si cambia la relación y es de grande a pequeño, deja de ser periodismo y se convierte lisa y llanamente en demagogia, populismo y abuso de poder.



[ADELANTO EN PDF]
Leer más
profile avatar
27 de agosto de 2009

Eder. Óleo de Irene Gracia

Blogs de autor

República

Pronto hará cien años, el 5 de Octubre de 1910, que una revolución en Portugal derribó la vieja y caduca monarquía para proclamar una república que, entre aciertos y errores, entre promesas y desaciertos, pasando por los sufrimientos y humillaciones de casi cincuenta años de dictadura fascista, ha sobrevivido hasta nuestros días. Durante los enfrentamientos, los muertos, militares y civiles, fueron 76, y los heridos 364. En esa revolución de un pequeño país situado en el extremo occidental de Europa, sobre la que ya se ha asentado el polvo de un siglo, sucedió algo que mi memoria, memoria de lecturas antiguas, ha guardado y que no me resisto a evocar. Herido de muerte, un revolucionario civil agonizaba en la calle, junto a un predio del Rossio, la plaza principal de Lisboa. Estaba solo, sabía que no tenía ninguna posibilidad de salvación, ninguna ambulancia se atrevería a recogerlo, pues el tiro cruzado impedía la llegada de socorro. Entonces ese hombre humilde, cuyo nombre, que yo sepa, la historia no ha registrado, con unos dedos que temblaban, casi desfallecido, trazó en la pared, conforme pudo, con su propia sangre, con la sangre que le corría de las heridas, estas palabras: ?Viva la república?. Escribió república y murió, y fue como si hubiese escrito: esperanza, futuro, paz. No tenía otro testamento, no dejaba riquezas en el mundo, apenas una palabra que para él, en aquel momento, significaba tal vez dignidad, eso que no se vende ni se deja comprar, y que es para el ser humano el grado supremo.



[ADELANTO EN PDF]
Leer más
profile avatar
27 de agosto de 2009
Close Menu
El Boomeran(g)
Resumen de privacidad

Esta web utiliza cookies para que podamos ofrecerte la mejor experiencia de usuario posible. La información de las cookies se almacena en tu navegador y realiza funciones tales como reconocerte cuando vuelves a nuestra web o ayudar a nuestro equipo a comprender qué secciones de la web encuentras más interesantes y útiles.